sábado, 8 de outubro de 2011

Steve Jobs: As lições deixadas




Nós estamos aqui para deixar uma marca no universo. Caso contrário, para que sequer estar vivo?
Eu cheguei tarde à festa. Minha experiência como usuário de alguma coisa criada pela Apple no dia a dia começou só em 2009, rodando Mac OS X em um PC porque ainda não tinha dinheiro para comprar um MacBook de verdade. Os primeiros produtos que realmente comprei vieram só ano passado, um iPhone 4 e um MacBook Pro.
Sempre fui um usuário de PC, principalmente porque, por um longo tempo, eu simplesmente não conhecia outra alternativa. Meu avô comprou um 386 quando eu tinha algo em torno de uns 9 anos de idade, e eu fiquei instantaneamente fascinado com aquela máquina, com a possibilidade de interagir com ela e a variedade de coisas que se podia fazer com um só aparelho.
Minha curiosidade com o tempo só aumentou e em 1997, ao passar por uma loja e olhar vários computadores à venda algo extremamente diferente do resto chamou minha atenção, um computador embutido dentro do monitor, de plástico esverdeado. Tratava-se do primeiro iMac, era lindo, completamente diferente de tudo o que estava a venda, mas o preço no Brasil era absurdamente alto e eu ainda não tinha a menor idéia do que tornava aquele computador melhor do que qualquer outro e não apenas mais bonito.
As coisas realmente mudaram em 2007 quando fui aos EUA e tive meu primeiro contato com o primeiro iPhone. Pela primeira vez na vida eu tive a sensação de ter nas mãos algo que parecia ter vindo do futuro, algo que realmente parecia ter um toque de mágica ao invés de simples tecnologia. No mesmo ano tive meu primeiro contato com um MacBook Air, e a sensação também foi parecida, como podia um computador ter aquele tamanho e espessura?
A partir daí passei a me interessar pela Apple, e querer saber quem era o cara que imaginava essas coisas e as tornava realidade, e a mudar radicalmente a minha maneira de ver a tecnologia, trabalho e negócios.
Sobre tecnologia, meu computador deixou de ser algo que muitas vezes mais atrapalhava a vida com necessidade de manutenção e defeitos constantes, para se tornar uma ferramenta confiável, e por que não, divertida. Não me recordo de em algum ponto da minha vida me sentir mais empolgado com a tecnologia, a expectativa e as possibilidades que trazem o lançamento de novos produtos e a espera pelo próximo aparelho revolucionário que mudará mais uma vez nossa maneira de ver e interagir com o mundo.
No trabalho, bem, basta dizer que eu não teria meu emprego atual se não fosse por Steve Jobs e aquela idéia absurda de fazer computadores para pessoas comuns. Além disso, ficam vívidas na memória as lições de sua paixão por design (no sentido estético e funcional), atenção aos menores detalhes, cuidado com a experiência do usuário e simplesmente a noção de se fazer algo o mais perto da perfeição possível, e apenas lançar um produto quando ele atinge este nível de excelência.
Em relação a negócios, conforme nos lembra John Siracusa (tradução nossa):
Em um mundo pós-Steve-Jobs, não há mais desculpas para grandes corporações serem menos ousadas do que start-ups. Elegância, caráter, integridade artística, e implacável dedicação ao projeto não podem mais ser ridicularizadas como luxos de quem não tem nada a perder. A Apple é hoje uma das maiores e mais bem sucedidas empresas do mundo, mas ela ainda se comporta como se todos os seus funcionários coubessem em uma foto de 9×7 polegadas.
Esta citação me trás à mente o evento de apresentação de iPods no ano passado, a Apple apesar de deter quase 75% do mercado de players de música ainda assim mudou completamente a cara dos produtos, sempre em busca de como aperfeiçoa-los. Não é só a busca por como maximizar lucros, é a busca por “o que vem depois disso”.
Infelizmente perdemos a chance de testemunhar qual seria seu próximo grande feito para tentar mais uma vez mudar o mundo. Ficam as lições acima, além das pessoais em seu discurso na universidade de Stanford.
Obrigado Steve, por tudo.

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