Quando os brasileiros pensam em Copas onde fracassamos, um nome é impossível de não ser lembrado. Duas vezes carrasco da nossa Seleção, Zinedine Zidane é sem dúvidas um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Marcado por um estilo de jogo diferente dos outros grandes craques, Zidane não buscava o gol à todo custo, ou o drible desnecessário; ficou notabilizado por ser o cérebro dos clubes que defendeu, bem como da Seleção Francesa. Seu nome é intimamente associado à melhor época do “Bleus” com a conquista de uma Copa do Mundo e de duas Eurocopas.
Outro fato que marcou sua carreira era não aparecer tanto em partidas “comuns”; personificando-se num craque quando entrava em jogos decisivos.
Prêmios Individuais:
- Três vezes melhor jogador do mundo.
- Vigésima Oitava colocação no Top100 da revista “World Soccer”.
- Vencedor da eleição da UEFA como melhor jogador europeu de todos os tempos.
Início de Carreira:
Começou pelo inexpressivo Saint-Henri, onde ficou por apenas um ano. Foi transferido para o Les Vallons, igualmente inexpressivo. Quatro anos depois foi para o Cannes, um dos grandes da França. Em 1991, já com seis anos de carreira, marcou seu primeiro gol, e na temporada seguinte foi vendido ao Bordeaux, onde finalmente começou a deslanchar.
Chegou à final da Super Copa da Europa em 1996, perdendo para o Bayern de Munique, que contava com astros como Klinsmann, Papin e Matthaus. Foi também como jogador do Bordeaux que chegou à Seleção Francesa, em 1994. Após a derrota para o Bayern, foi transferido para a Juventus, chegando finalmente à um gigante europeu.
No ano seguinte foi novamente campeão da Itália, além de chegar à sua maior glória na carreira.
1998 – A Copa que Zidane nos tirou:
Após estréia normal contra a África do Sul, Zizou pisou em um adversário, contra a Arábia Saudita e pegou gancho de dois jogos. Voltou ao time apenas nas quartas de final. Jogou bem nas quartas, assim como na semifinal, mas não fez nada além do que se esperava dele, contando com a “ajuda” dos companheiros para alcançar a final.
E foi justamente na última partida, contra o Brasil, então detentor do título; que a estrela brilhou.
Em dois lances parecidos, Zidane marcou dois gols de cabeça em cobranças de escanteio. Logo de cabeça, onde tinha grande dificuldade. Foi o grande maestro do time durante a partida, segurando o jogo e distribuindo os lances para os companheiros, impedindo qualquer chance de reação da Seleção Brasileira.
[Final da Copa de 1998: França 3x0 Brasil]
[Final da Copa de 1998: França 3x0 Brasil]
Cumpriu sua promessa e ganhou a Copa.
Perdeu o prêmio de melhor jogador da Copa para Ronaldo, mas foi recompensado poucos meses depois, sendo eleito pela FIFA como melhor jogador do ano.
Zidane Galáctico:
Após a conquista do Mundo, passou quatro anos sem vencer um campeonato pela Juventus. Foi transferido para o Real Madrid, onde atuou ao lado de Ronaldo, R. Carlos, Figo e Beckham, formando o time conhecido como os Galácticos de Madrid.
Foi a maior transferência da história, até Cristiano Ronaldo ser comprado pelo próprio Real, anos depois. De cara, conquistou a Champions League, dando um brilho a mais no centenário do clube Madrileño.
O gol do título foi dele, encaixando um voleio após cruzamento de Roberto Carlos.
No ano seguinte, foi campeão do Mundial Interclubes, do Campeonato Espanhol e da Super Copa da Europa, parando apenas na Champions League, exatamente pela Juventus.
Dentro desse tempo, Zidane ainda conduziu a França à vitória da Eurocopa 2000, recebendo pelo feito, seu segundo prêmio de melhor do mundo.
O terceiro foi conquistado exatamente pelos títulos descritos acima, com o Real Madrid. Zizou igualou o Record de Ronaldo, companheiro de clube, que alcançara o terceiro prêmio no ano anterior, após ser o grande nome brasileiro na conquista da Copa do Mundo.
[Gol de voleio na final da Champions League 2002]
Encerra-se a carreira e nasce o mito:
Passou os anos seguintes sem conquistar nenhum grande título. Anunciou que encerraria sua carreira após a Copa de 2006.
![](http://4.bp.blogspot.com/-uL3w6JrMsVQ/Tmz7h7gDSAI/AAAAAAAAAMY/1YvA35NNmVI/s320/Zidane+-+Copa+de+2006.jpg)
Pela primeira fase da Copa, a França se classificou como pode. Dois empates, e uma vitória sobre a fraca Seleção de Togo.
Das quartas em diante foi que a estrela dele novamente fez diferença.
Contra a Espanha, vitória por 3x1 com ele marcando o terceiro, que mataria a partida.
Veio então o reencontro entre Brasil e França, oito anos após a Final de 1998. Era também o reencontro entre Zidane e Ronaldo, após 5 anos jogando juntos pelo Real Madrid.
E Ronaldo levou a pior tanto no duelo pessoal como no duelo entre os clubes. Levou um chapéu desconcertante do rival.
[Relembre no vídeo abaixo]
[Relembre no vídeo abaixo]
Além disso, foi de Zinedine o passe para Thierry Henry marcar o gol que levaria os Bleus à semifinal.
Venceram Portugal por 1x0, gol dele, em cobrança de pênalti.
A final seria contra a Itália, grande potência do futebol mundial. Novo gol de pênalti, que colocou o craque ao lado de Pelé, Vavá e Paul Breitner como um dos jogadores a marcar em duas finais de Copa.
A Itália empatou com gol de do zagueiro Materazzi. Os dois jogadores que marcaram gol foram os nomes do jogo, não pelos tentos, mas pelo último lance de Zinedine como jogador profissional.
No segundo tempo da prorrogação, Marco Materazzi teria ofendido a família de Zinedine Zidane; o francês então revidou com uma cabeçada certeira no peito do italiano.
Expulso, desceu para o vestiário e passou de cabeça baixa ao lado da Taça, que seria levantada minutos depois por Fábio Cannavaro, capitão da “Esquadra Nerazzurri”.
[A cabeçada e a descida para o vestiário, estão no vídeo a seguir]
"Gostaria de expressar a minha estima a esse homem, que encarnou todos os valores mais belos do esporte e que honrou o país" - Jacques Chirac, presidente francês no desembarque da seleção após a Copa.
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