cosme rimoli, Paulinho não está em uma situação confortável.
Muito pelo contrário.
Tem nas suas costas Abílio Diniz, Andrés Sanchez, Marquinhos Chedid e Ricardo Guimarães.
Ele é mais fatiado do que uma pizza calabresa.
A divisão é interessante.
O Audax tem 45%, o Banco BMG, 45% e o Bragantino, 10%.
O Corinthians tem 10% do direito de vitrine, ou seja, nada dos direitos federativos.
Mas 10% da venda do jogador.
Por isso, Abílio Diniz está irritadíssimo.
O dono do Pão de Açúcar também tem o Audax, equipe onde atuava o volante.
E Abílio tem uma proposta de R$ 21 milhões da Inter de Milão.
O empresário a considera excelente e quer a negociação de qualquer maneira.
O presidente do Bragantino também acredita ser uma ótima transação.
O presidente do BMG também.
Só que o ex-presidente e diretor de seleções, Andrés Sanchez, deixou claro a Paulinho que não é hora de sair.
Ele o convenceu a disputar o Mundial.
E apostar na sua valorização.
Principalmente porque tem tudo para ser convocado para a seleção após a Olimpíada.
Abílio e Sanchez não discutem abertamente.
Deixam seus intermediários brigarem.
E estão pegando pesado.
"Eles não estão negociando um saco de arroz como costumam fazer no Pão de Açúcar.
É um ser humano, um atleta."
A declaração foi do diretor Roberto de Andrade.
Já a resposta foi dada por José Carlos Brunoro, diretor executivo do Audax.
"Há algum tempo ouvi o ex-presidente e o ex-técnico do Corinthians aconselharem um jogador a ir para a Europa.
Lá ele iria evoluir.
Agora o Corinthians não quer fazer o mesmo com o Paulinho."
Brunoro se referia a Andrés e Mano, que recomendaram a saída de Neymar do Brasil.
Tite teve uma conversa muito séria com Paulinho.
Pediu para que ele não fosse embora agora.
Esperasse o Mundial.
Deixou bem claro o quanto a equipe precisa dele no Japão.
Andrés recomendou ao presidente Mario Gobbi que dê um aumento voluntário ao jogador.
Paulinho está próximo de completar 24 anos.
E disse que este é o maior trunfo para poder esperar mais seis meses para sair.
Mas o dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, está inconformado.
Quer fazer a negociação nesta janela do meio do ano de qualquer maneira.
E tem insistido com Brunoro para que pressione o Corinthians a liberá-lo.
Experiente, o executivo está tentando usar a imprensa para cumprir as ordens do seu patrão.
Ricardo Guimarães e Marquinhos Chedid querem a venda, mas não vão comprar briga com o Corinthians.
A solução proposta por Andrés é deixar amarrada a negociação com a Inter para dezembro.
A princípio os italianos não aceitam, o que irrita ainda mais Abílio Diniz.
"Temos contrato com o Paulinho.
Ele só sai se quiser.
É um trabalhador e tem o direito de decidir o seu futuro.
E deseja disputar o Mundial pelo Corinthians.
Tem vontade própria.
Não é um saco de arroz", repete Roberto de Andrade.
A briga é enorme, mas o Corinthians até agora está vencendo.
E deve segurar o volante até dezembro.
Para desespero do dono do Pão de Açúcar...
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Hommer