Não foi desta vez.
Nem Neymar.
Muito menos Oscar.
A festa na final do futebol na Olimpíada de Londres foi mexicana.
E de Peralta.
A organização ganhou do talento, do improviso.
A medalha de ouro outra vez não veio para o Brasil.
Continua sendo o símbolo do impossível.
O Brasil de Mano Menezes tomou um gol antes do primeiro minuto de jogo.
E se desnorteou.
Depois, sofreu tentando empatar.
Mas acabou travado pelo mesmo sistema usado pelos mexicanos no amistoso em junho.
E que o Mano Menezes havia previsto que seria usado.
A Seleção não teve como criar, escapar das duas linhas de quatro nas intermediárias.
Oscar e Neymar não tiveram espaço.
A fonte criativa brasileira foi travada.
O México nem parecia uma equipe latina.
Fria, calculista.
Acabou marcando o seu segundo gol aos 35 minutos, com o time brasileiro desmontado.
O gol de Hulk não aliviou a dor.
Derrota por 2 a 1, assim como nos Estados Unidos.
E justa medalha de ouro para os mexicanos.
Ao Brasil, outra prata.
A terceira.
Mal chegou em Wembley, Mano Menezes teve a confirmação que queria.
Gioavani, principal articulador mexicano, estava mesmo fora.
Não era blefe.
Ele teve a certeza de que os mexicanos apostariam mais na estratégia do que no talento.
Os vídeos mostrados na concentração da equipe mexicana sugeria.
O adversário não era do outro mundo.
Uma equipe veloz e muito bem distribuída taticamente.
E que ganhou experiência, se preparou para a competição.
Disputou a Copa América com atletas até 23 anos.
Não jogou para ganhar, para acumular experiência.
E fez amistosos e mais amistosos.
Queria o ouro tanto o Brasil.
A vitória convincente diante dos coreanos deixou Mano e o time confiantes.
Tanta confiança custou caro.
Deixou dramática a partida.
Rafael aos 30 segundos dominou a bola.
Driblou um adversário e quis fazer pose para passar para Sandro.
O toque na bola saiu fraco, inseguro.
O suficiente para o mexicano Aquino cortar e servir a Peralta.
O chute foi forte de fora da área, no canto diireito de Gabriel: 1 a 0, México.
O gol marcado antes do primeiro tempo destruiu todo o plano tático de Mano.
Ele pretendia fazer com que a Seleção tocasse a bola com calma, consciência.
Usasse da paciência para encontrar espaço nas duas linhas de quatro nas intermediárias.
Mas o gol, a vantagem era preciosa para uma seleção entrosada e preparada para os contragolpes.
O jogo ganhou uma tensão enorme aos brasileiros.
Neyma se viu no primeiro tempo no mesmo pesadelo de Dallas.
Sem espaço para respirar.
Sem usar as faltas, os muito bem treinados mexicanos encurralavam o Brasil.
Ninguém tinha espaço para fazer uma tabela.
A marcação já começava na saída de bola.
Oscar tinha dificuldades para andar.
Por mais que tentasse jogar pelas beiradas do campo, o efeito era nulo.
Na verdade, o gol destruiu o equilíbrio emocional do time.
Rafael se intimidou.
Sabia a bobagem que havia feito.
Do outro lado, Marcelo e Alex Sandro ocupavam o mesmo espaço.
Com o México retraído na intermediária, sem um jogador aberto na direita, o volante era inútil.
E Mano teve coragem.
Percebeu isso e rápido resolveu se agilizar.
Tirou Alex Sandro e colocou Hulk no seu lugar.
A Seleção voltava ao seu esquema com que iniciou a Olimpíada.
Com três atacantes fixos.
Hulk pela direita para romper a marcação com sua força física, vibração.
E ele entrou empolgado, raivoso pela reserva.
Sua função era chamar atenção do sistema defensivo mexicano.
Abrir espaço para Oscar, Neymar.
Com o passar do tempo os nervos brasileiros foram se acalmando.
Marcelo passou a apoiar com mais firmeza, mesmo não tendo a cobertura de Alex Sandro.
Leandro Damião já começava a fazer sua função de pivô.
Pelo menos o goleiro Corona foi obrigado a trabalhar.
Os últimos 15 minutos do Brasil no primeiro tempo foram reanimadores.
Mas não dá para negar a impressionante frieza dos mexicanos.
Eles não alteravam sua maneira de jogar.
Parecia um time de futebol de botão espalhado pelo gramado de Wembley.
A Seleção lutava muito mais pelo menos.
E passava a dificultar a saída de bola mexicana.
O time tratava apenas de se defender.
A pressão era enorme a ponte de não abrir espaço para os contragolpes.
No segundo tempo, Mano Menezes adiantou o meio de campo brasileiro.
Queria empatar o mais rápido possível.
Oscar e Neymar já conseguiam receber a bola de frente para o gol.
Marcelo e Rafael passavam a jogar mais como pontas.
O México só queira tratar de marcar, controlar o jogo.
Era um time consciente.
Hulk continuava tentando fazer sua parte.
No peito, na raça, na vontade e no chute forte do seu pé esquerdo.
Mano fixou Neymar no lado onde mais gosta: na esquerda.
Seus dribles começaram a aparecer e incomodar.
Jimenez já partia para os pontapés para travá-lo.
O fraco árbitro britânico Mark Clattenburg permitia faltas claras de lado a lado.
Tudo quase acaba de vez aos 17 minutos.
Fabian briga com a defesa brasileira, ganha a bola e dá uma puxada acrobática.
A bola bateu no travessão.
Aos poucos, o desespero foi consumindo o time.
O medo de não conseguir a sonhada medalha de ouro estava nos olhos dos brasileiros.
Os mexicanos percebiam e ganhavam cada vez mais a certeza que sua organização estava travando o talento.
Aos 25 minutos do segundo tempo, Mano partiu para uma mudança insana.
Tirou Sandro e colocou no seu lugar Alexandre Pato.
O time brasileiro passava a ficar escancarado no meio de campo, com um só volante.
E com cinco jogadores ofensivos.
O castigo veio a cavalo.
Em uma falta da lateral, outra vez Peralta estragou a festa.
Cabeceou forte e marcou 2 a 0.
O gol aos 35 minutos foi uma ducha de água gelada.
Terrível.
Mano ficou alucinou de vez.
Colocou Oscar no lugar de Rafael.
Era o sexto jogador ofensivo na Seleção, absurdo.
E vamos que vamos.
O Brasil tentava na raiva.
Na loucura.
E mesmo assim, achou seu gol.
Hulk, aos 45 minutos: 2 a 1.
Mais desespero, quando aos 47 minutos, Oscar cabeceia livre para fora.
México campeão.
Medalha de ouro.
Para a Seleção Brasileira agora só em 2016, na Olimpíada do Rio.
Que a CBF trabalhe de verdade e forme uma equipe com muito mais cuidado.
O preço do improviso é caro.
Com todo talento brasileiro, a sonhada medalha de ouro se foi.
Mais uma vez....
cosme rimoli,
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