Diante de uma equipe muito bem-montada, o Brasil olímpico fracassou.
O México venceu com toda a justiça por 2 a 0.
E mostrou a fragilidade que o time de Mano Menezes tem como conjunto.
Há muito o que trabalhar para voltar de Londres com a medalha olímpica.
Sem desespero, mas com consciência.
O Brasil não pode pensar que tropeçou nas próprias pernas.
Se não montar um time de verdade, pode voltar da Olimpíada sem medalha.
E com o maior talento.
No futebol atual ter só talento não adianta.
Fica a lição neste balde de água fria.
Se Mano Menezes queria um teste mais forte, ele teve.
A seleção brasileira vinha empolgada.
Havia derrotado Dinamarca e Estados Unidos sem tantos problemas.
Até que se encontrou com os mexicanos.
Nos últimos anos eles sempre complicaram os jogos contra o Brasil.
O motivo a marcação firme, disposição tática definida.
Velocidade nos contragolpes e sempre dois ou três jogadores habilidosos.
É uma receita complicada para o Brasil.
Ainda mais como entrou no Cowboys Stadium.
Ao contrário dos dois primeiros jogos, o time entrou lento, sem participação do meio de campo.
O primeiro tempo foi muito ruim para a equipe de Mano.
Jose Manuel de La Torre assistiu às partidas anteriores.
E fez muito bem a lição de casa.
Além das características normais aos times mexicanos, ele preparou sua equipe.
Tratou de travar o lado mais forte brasileiro.
O lado esquerdo com Neymar e Marcelo.
Mal a bola chegava por lá, eram quatro mexicanos sufocando os dois.
O México acabou demonstrando o quanto o Brasil é penso.
Não tem força pela direita.
Danilo e Hulk não combinam.
Principalmente o volante improvisado pela direita.
Ele tinha toda a liberdade porque sabia la Torre sabia que não chegaria à linha de fundo.
Falta cacoete como lateral.
E foi por causa disso que o Brasil tomou o primeiro gol.
Em uma bola aparentemente sem perigo, Giovanni partiu para cima de Danilo.
O brasileiro deu ângulo para que o camisa 10 encobrisse Rafael.
Ele bateu com toda consciência.
Gol do México, aos 21 minutos.
O gol perturbou a equipe de Mano.
Neymar estava muito individualista e era bem vigiado.
Assim como Marcelo.
E Oscar estava apático, travado.
O México recuou com a evidente vontade de atrair o Brasil para contragolpear.
E a seleção se adiantou para buscar o empate,
Deixou espaço para os contragolpes.
Sandro e Rômulo adiantados davam espaço nas suas costas, antes dos zagueiros.
E foi por lá que tudo se complicou ainda mais.
Giovanni invadiu a área e foi derrubado por Juan.
Pênalti precipitado, evitável.
Hernandez não desperdiçou.
Aos 32 minutos, o Brasil estava perdendo por 2 a 0.
Não para uma seleção de jogadores espetaculares.
Má para uma taticamente melhor montada.
Preparada para enfrentar os brasileiros.
No ataque brasileiro, outra vez Leandro Damião se mostrava lentidão.
Hulk também nada produzia.
Diante de uma seleção marcando com nove jogadores atrás da linha da bola era uma situação horrível.
Mano Menezes teria de interferir, fazer alguma coisa no intervalo.
Tentar algo.
A substituição mais óbvia seria a entrada de Pato no lugar de Damião.
E tentar usar o lado direito ofensivo brasileiro.
Mas ele tentou resolver apenas pedindo para o time adiantar a marcação.
De la Torre já esperava por isso e colocou seu time jogando em velocidade nos contragolpes.
O México infernizou a zaga brasileira.
Irritados, os brasileiros começaram até a apelar para os pontapés.
Estavam visivelmente nervosos.
Depois de perder 15 minutos, Mano tirou Damião e Sandro de uma vez.
Colocou Pato e Lucas.
Mais leve e habilidoso do que Leandro Damião, Pato tinha mais uma chance para mostrar o seu talento.
E Lucas entrava na meia direita para ajudar Oscar a tentar articular as jogadas ofensivas.
Só que muitas vezes ele se embolava com Hulk que ocupava seu espaço na direita.
Era a típica opção do desespero.
Os mexicanos montaram duas linhas fortíssimas de quatro.
A ideia era impedir o toque de bola brasileiro.
E eles conseguiram.
Muito bem treinada, a equipe de de La Torre não fugiu da sua missão principal: travar os brasileiros.
E esperar por uma chance de ampliar.
O Brasil melhorou, mas mostrava muito nervosismo.
A perspectiva da derrota e a firme marcação só irritava o time.
Neymar e Meza se envolveram em uma troca de empurrões.
Se o árbitro Silviu Petrescu não fosse omisso, teria expulsado os dois.
O Brasil continuou forçando, mas sem consciência.
Na pura base do improviso, sonhando que o talento ajudasse.
Mas foi insuficiente.
Diante de um time inferior, mas muito melhor preparado, o Brasil de Mano caiu.
Perdeu sua invencibilidade de 10 partidas.
Ele não havia mexido no time para tentar chegar com moral no próximo sábado contra a Argentina.
Não conseguiu.
Agora é hora de sentar e analisar tudo o que deu errado.
Ficou provado que só talento não adianta.
Hoje venceu o melhor conjunto.
Isso foi o que aconteceu em todas as Olimpíadas que o Brasil disputou.
E voltou sem medalhas.
Que a partida de hoje no Cowboys Stadium seja um marco...
O Brasil mereceu perder.
Que Mano entenda o porquê.
Enquanto há tempo...
![](https://fbcdn-sphotos-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/375934_306272376128673_202617976494114_684745_818326683_n.jpg)
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