De Vitor Birner
Garra, superação, humildade, respeito pela camisa, qualidade individual e a crença da direção no planejamento deram o pentacampeonato brasileiro ao Spor Club Corinthians Paulista.
Você não viu um time mais guerreiro no torneio. O Vasco, que chegou na última rodada brigando pelo mesmo feito, mostrou tanta dedicação quanto o campeão nacional da temporada.
A capacidade corintiana de somar pontos em situações adversas também fez a diferença.
Enquanto outras agremiações se desligaram em alguns momentos da competição, o Corinthians, até quando atuou mal, lutou bastante.
A humildade dos atletas foi outro aspecto relevante para o sucesso corintiano.
Danilo e Alex, campeões da América e do Mundo por outras agremiações, Emerson, vencedor dos últimos brasileirões pela dupla Fla-Flu e o consagrado Liedson se esforçaram pelo bem coletivo tanto quanto seus companheiros de menor fama e currículo inferior.
Todos estavam engajados para o sucesso do Corinthians. Colocaram a instituição bem acima de seus egos. Deram exemplo aos atletas de outros times.
A diretoria não deve ser esquecida. É digna de muitos elogios. Não entrou no auê de quem queria Tite fora do Parque São Jorge.
A participação do treinador no sucesso foi gigante. Montou forte sistema defensivo, não perdeu o foco nas horas difíceis, soube lidar com a crise da zaga, tirou o capitão Chicão sem gerar problemas internos, não demorou para definir que Julio Cesar, importantíssimo no penta, era titular (lembre que Renan chegou com moral), alterou o time nas partidas decisivas e viu os desacreditados Ramirez e Adriano decidirem…
Sem exagero, silenciou os injustos críticos.
Quero aplaudir todos e a torcida pela conquista.
O Corinthians fez jus à ela.
Veja o comentário do jogo sem gols
Corinthians 0×0 Palmeiras
Escalações
Corinthians – (4-2-3-1) Julio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castan e Fábio Santos; Wallace e Paulinho; Jorge Henrique, Alex e Willian; Liédson
Palmeiras – (4-2-3-1) – Deola; Cicinho, Leandro Amaral, Henrique e Gerley; Marcio Araujo e Marcos Assunção; Patrik, Valdívia e Luan; Ricardo Bueno
Influência das emoções
As emoções interferem no desempenho de qualquer profissional.
Clássicos exigem maior capacidade de lidar com as próprias sensações. Decisões ainda mais.
Quem o faz mal perde rendimento técnico, físico e consequentemente prejudica o trabalho coletivo.
Muito pegado
O dérbi começou cheio de divididas, com os jogadores entrando forte, na bola, em cada lance.
Foi possível notar o clima de decisão desde o início.
Inclusive no Palmeiras, que tinha como grande estimulo a possibilidade de tentar evitar o título do rival.
Mudanças no Corinthians
Tite fez o possível para não mexer na parte tática.
Usou Wallace como volante de marcação porque Moradei não rendeu o esperado nos treinos e o comandante não mostrou confiança em Bruno Octávio.
O zagueiro Wallace conhece a função. Atuou na posição diversas vezes quando defendia o Vitória.
A troca de Danilo (suspenso) por Alex não mudou a característica do time.
A de Emerson, também suspenso, por Jorge Henrique, alterou um pouco a linha de três.
O Sheik joga na esquerda, é quem possui mais liberdade para se adiantar e fazer parceria com o centroavante Liedson.
Sem ele, Willian foi encarregado de ser o mais ofensivo dos 3 meias. Jorge Henrique marcou bastante, pois Cicinho, que ataca naquele lado, é perigoso.
Palmeiras melhor
O Corinthians atuou com muita garra e tensão.
O Palestra também foi bastante guerreiro, contudo, por não estar pressionado, se mostrou mais equilibrado na parte emocional.
O time de Felipão marcou bem. Evitou que os meias corintianos ficassem com a redonda e deixou a situação desconfortável para Alessandro e Fábio Santos apoiarem.
Patrik e Luan, que jogam abertos na linha de 3 palestrina, se poscionaram onde ficam os laterais.
Como a a posse de bola ofensiva foi alviverde, o Corinthians ficou sem opções
Poderia usar o contragolpe, mas não conseguiu.
E pior: fez várias faltas.
O especialista Marcos Assunção levantou a dita cuja na área diversas vezes.
Em duas, uma com Valdívia de cabeça, e na outra com Leandro Amaro após o cruzamento rasteiro de Cicinho, os palmeirenses concluíram a jogada sem marcação.
Tensão corintiana aumenta
Aos 30 minutos, o Vasco balançou a rede diante do Flamengo.
A tensão dos jogadores e toredores do Corinthians cresceu ainda mais.
Seneme, correto
Aos 44, a equipe de Tite viveu seu momento mais interessante na frente.
Alessandro avançou e tabelou com Willian.
O meia atacante entrou na área em boa condição de finalizar, mas caiu por causa do contato normal, natural, leve, do joelho de Henrique com o calcanhar dele quando corriam.
O apitador Wilson L. Seneme, bem posicionado, mandou o jogo segui e acertou.
Em outro país, provavelmente nem se discutiria muito se houve ou não a infração.
Seneme, errado
O árbitro, preciso na etapa inicial, errou logo no começo do segundo tempo.
Aos 2 minutos, expulsou Valdívia injustamente.
Basta reparar no gestual do apitador para explicar a decisão.
Ele alegou que o chileno deu uma cotovelada em Jorge Henrique
Não houve tal agressão ( o contato do cotovelo com o rosto).
O chileno merecia amarelo pela maneira como entrou na dividida.
Bola parada, contragolpes e situação invertida
Felipão, logo após o cartão vermelho, substituiu Patrik por João Vitor.
Usou o volante para reforçar a marcação no meio, abriu mão da posse de bola ofensiva, e apostou nos contragolpes e cobranças de faltas para buscar o gol.
O Corinthians passou a frequentar mais o ataque e manter a esférica na frente.
O jogo mudou de cara. Ficou bem melhor para o candidato ao título.
Tensão diminui
O anúncio do empate flamenguista, ainda no início da etapa complementar, diminuiu a tensão corintiana.
Aos 12, Felipão trocou o centroavante. Colocou Fernandão e tirou Ricardo Bueno.
Domínio e sorte corintianas
O Corinthians estava melhor, o Palmeiras sequer ameaçava, todavia o Alviverde, aos 26, por muito pouco não balançou a rede.
Sem surpresas. Marcos Assunção cobrou a falta bem, cruzou a bola na área, Fernandão cabeceou sem chance de defesa para Julio Cesar, a redonda bateu na trave e Luan, no rebote, desperdiçou a oportunidade mais clara da partida.
Aos 27, Cicinho saiu e Maicon Leite entrou
Felipão deslocou João Vitor para desarmar na direita e posicionou Maikon Leite, do mesmo lado, na frente.
Queria usar a velocidade do reserva em cima de Fábio Santos
Expulsão errada, no estilo do apito brasileiro
Aos 28, Seneme expulsou Wallace.
O volante entrou forte na dividida com Maikon Leite
Merecia o amarelo, porém o apitador exagerou ao dar o cartão vermelho.
Usou, tal qual se diz no futebolês, a lei da compensação.
Preocupação em não sofrer gols
Bastava não levar gols no restante do jogo (pouco mais de 15 minutos) para os comandados de Tite darem a volta Olímpica no Pacaembu lotado.
O treinador investiu no sistema defensivo no intuito de garantir a conquista.
Aos 30, botou o zagueiro Chicão na vaga de Willian e mandou o time recuar.
Aos 40, colocou o volante Edenilson no lugar do centroavante Liedson.
Funcionou.
Brigas e expulsões
No fim do jogo, os atletas brigaram. Seneme, se cumprissse a regra, teria excluído um monte de gente da partida.
Mas, ao invés disso, expulsou um de cada lado (Castán e João Vitor).
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Hommer