Nove a zero.
O Palmeiras foi humilhado desta vez no STJD.
A vitória por 2 a 1 do Internacional foi confirmada.
Não foi aceita a tese que o árbitro Francisco Carlos Nascimento teve ajuda externa.
O clube paulista não conseguiu provar que ele anulou o gol de mão de Barcos graças a auxilio das imagens da tevê.
E passou pelo vexame de uma das maiores derrotas de um clube grande na história do STJD.
O time de Arnaldo Tirone volta a ter 19 derrotas em 33 jogos.
Só restam quatro partidas para o time tentar se salvar da Segunda Divisão.
O resultado é mais um baque para Gilson Kleina e seus assustados jogadores.
A remarcação da partida contra o time gaúcho daria um ânimo a mais ao combalido time.
Mas os auditores do STJD já haviam deixado claro.
Sem provas claras que o delegado do jogo Gerson Baluta avisou o quarto árbitro do soco de Barcos, nada feito.
E foi o que aconteceu.
O clube nunca teve uma imagem sequer...
Ou qualquer frase gravada de Gerson passando nada para Jean Pierre Gonçalves Lima, o quarto árbitro.
Havia a certeza de derrota entre a própria diretoria do Palmeiras.
Arnaldo Tirone sabia disso, mas tinha de fazer seu jogo político.
Mostrar que estava trabalhando.
E foi até o Rio de Janeiro hoje, marcar presença.
Justo ele que não teve o trabalho de ir para a FPF quando o Campeonato Paulista de 2013 foi decidido.
O Palmeiras é único clube dos 20 participantes sem direito a qualquer reivindicação.
Por Tirone não ter ido a uma reunião tão importante.
No Rio foi apenas para ser fotografado.
Barcos perdeu treinamento indo para uma causa perdida.
O sexteto que trabalhou na partida contra o Inter estava todo no STJD.
Assim como o delegado Baluta.
Além da postura firme da Anaf, associação dos árbitros do Brasil.
A Anaf repudiu a postura do Palmeiras de duvidar da honestidade dos juízes envolvidos no jogo.
O clube que está em queda livre para o rebaixamento comprou briga com todos os árbitros brasileiros.
Ficou claro para a associação que os dirigentes palmeirenses querem repassar a incompetência do time para os juízes.
Tirone ganhou a antipatia dos árbitros.
E ela pode pesar nesses quatro jogos que restam.
A causa foi perdida desde o seu início.
Sem provas, o STJD nunca aprovaria um pedido que abriria um precedente terrível.
A possibilidade dos clubes anularem partidas em que foram derrotados.
Todo campeonato ficaria interminável.
Juridicamente, sem provas, o Palmeiras fez uma grande bobagem.
Só se desgastou.
Os jogadores ficaram sabendo imediatamente de mais uma derrota de sua diretora.
A pressão será ainda maior para o jogo contra o Fluminense em Presidente Prudente.
A única situação que Tirone, Frizzo e César Sampaio conseguiram foi o veto da Mancha Verde.
A Federação Paulista, presidida por Marco Polo, vetou a participação da torcida em jogos em São Paulo.
O conselheiro palmeirense vitalício aproveitou a imagem da covarde agressão em uma soldado para justificar o veto.
Na verdade, Tirone acredita que sem a torcida, os jogadores poderão atuar melhor.
Talvez ele não saiba.
Mas tudo o que conseguiu foi fazer com que as camisas e faixas da Mancha não estejam em Presidente Prudente.
Porque seus membros estarão.
Só que sem as camisas que o caracterizam como membros da organizada.
Eles estarão lá e ainda mais raivosos com o veto da FPF.
A promessa de invasão de gramado em caso de derrota diante do Flu, continua valendo.
A Polícia Militar classifica a partida de alto risco.
Mandará cerca de 250 soldados para Presidente Prudente.
Não para proteger a torcida do Fluminense.
Mas os jogadores do Palmeiras de sua própria torcida.
A proteção valerá também para tocaia ao ônibus dos jogadores.
No trajeto de ida e volta do estádio.
As ameaças não param.
"Me disseram para eu ficar esperto se o time cair."
A confissão é do gerente César Sampaio.
O irônico é que há meses ele prometia entregar à Mancha Verde o dedo duro do time.
Quem vazava as notícias para a imprensa.
Ele ameaçou e agora é ameaçado.
Jogadores confirmaram a Sampaio a disposição de contratar seguranças particulares.
E só andar de carros blindados.
O Palmeiras continua escondendo os carros dos jogadores.
Por medo de bombas caseiras e até coquetéis Molotov que possam ser atirados por torcedores.
Todos no clube sonhavam com a marcação de uma nova partida contra o Inter.
Iria aliviar o ambiente.
Mas veio a pancada.
Derrota por nove a zero no tribunal.
A incompetência do atual Palmeiras nunca se restringiu apenas ao gramado.
Muito pelo contrário.
Tirone, Frizzo e César Sampaio sabem bem a sua participação.
Desta vez, se superaram.
Conseguiram dar ao palmeirense algo inédito.
A sensação de perder duas vezes o mesmo jogo...
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