quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sem Neto, Tevez, Ronaldo, Adriano ou qualquer estrela. Pela primeira vez em dez Libertadores, o Corinthians tem um time. Por isso eliminou os meninos do San7os e está na final…

Leandro Castán explode em alegria após gol corintiano
Foram necessárias dez Libertadores.

Nove frustrações até que o Corinthians aprendeu.

Não é necessário Neto, Carlitos Tevez, Ronaldo, Adriano.
Craque não é importante.
Fundamental é ter um time.
Formar um conjunto que, organizado, se imponha diante do adversário.
Foi assim que o Corinthians chegou com toda a justiça à final da Libertadores.
Eliminou a equipe mais talentosa do País.
Tite travou Neymar e Paulo Henrique Ganso.
Os dois viraram meninos perdidos no meio de homens.
O talento perdeu para a organização.
O Corinthians é uma equipe tão bem montada que dominou o pior dos seus inimigos: os nervos.
Depois da vitória na Vila Belmiro, se impondo como um time grande diante de um pequeno.
O empate em 1 a 1 no Pacaembu teve dois momentos.
O primeiro foi o mais perigoso.
Quando a equipe se retraiu para os contragolpes.
Os torcedores acompanharam agoniados o time encolhido, deixando o Santos tocar a bola.
Mas apenas até a intermediária.
A posse de bola foi digna de Barcelona dos comandados de Muricy Ramalho.
No primeiro tempo, o Santos ficou 61% do tempo com a bola sob o seu domínio.
Mas ao contrário do que o time catalão costuma ser, o domínio foi impotente.
Improdutivo.
Tite colocou o Corintians com todos os seus jogadores marcando atrás da linha da bola.
E as famosas duas linhas apertadas de quatro atletas.
Tudo para não deixar Ganso e, principalmente, Neymar jogar.
Foi quando Arouca mostrou personalidade e técnica para ser o homem das tabelas, lançamentos.
No primeiro tempo, ele foi muito bem.
Ao contrário das estrelas santistas.
A marcação ferrenha corintiana só falhou uma vez.
E pagou caro por isso.
Foi quando Alan Kardec ganhou disputa de bola com Ralf.
Usou o cotovelo, mas Leandro Vuaden não marcou.
A jogada seguiu com Neymar.
Ele passou para Kardec que cruzou e Borges deu um carrinho e a bola beijo a trave.
E voltou para a canela de Neymar: 1 a 0, Santos.
Aos 35 minutos do primeiro tempo.
Foi quando os nervos corintianos foram expostos ao pior dos castigos.
Tomou pela primeira vez na Libertadores um gol no Pacaembu.
E ficou atrás do placar.
Os 38 mil corintianos ficaram desesperados, com medo da sina de nunca chegar à decisão da Libertadores.
Os dez minutos que se seguiram ao gol se mostrarm fundamentais para os corintianos.
Eles conseguiram se refazer do golpe e evitar o pior, o segundo gol santista.
Mas ficou claro que o time sabia como domar Neymar e o melhor jogador do Brasil nada produziu.
Tentou se deslocar da esquerda para a direita...
Para o meio...
Mas ninguém o acompanhava.
Todos seguiram à risca a determinação de marcar pelo seu setor.
E agrupados.
Anularam a maior esperança santista.
A primeira grande vitória corintiana foi ter ido ao intervalo com um gol só de desvantagem.
O Corinthians voltou outro para a segunda etapa.
Tite fez o time atuar como o Corinthians sempre jogou no Pacaembu, marcando à frente.
Sufocando o adversário, não encolhido no seu campo.
Bastaram dois minutos da postura ofensiva, corajosa e veio a recompensa.
Da maneira mais ingênua, infantil.
Em uma falta na lateral do campo, Alex levantou, Edu Dracena resvalou na bola...
E ela caiu para Danilo, inacreditavelmente livre na entrada da pequena área.
Durval o deixou escapar e se perdeu no desvio de cabeça de Edu Dracena.
Absurdo não haver cobertura na defesa santista.
Erro imperdoável e que custou a Libertadores.
Isso porque Danilo não tem sangue quente nas veias.
Com toda a tranquilidade de quem estivesse treinando jogou a bola para as redes santistas.
A partida estava decidida.
O gol de empate foi um golpe forte demais para o frágil Santos.
O Corinthians se manteve seguro firme, com sua marcação mais adiantada como deveria ser.
A bola foi mantida longe da área de Cássio, em ótima fase.
Ralf e Paulinho dominavam de novo o meio de campo.
Alex e Danilo foram importantíssimos taticamente ajudando a fechar as diagonais.
Jorge Henrique prendeu a bola e foi eficiente se desdobrando até nas coberturas dos laterais.
O time se ressentiu muito de Emerson.
Willian e Liédson, visivelmente sem condições físicas, foram muito mal.
Mas não atrapalharam a postura firme corintiana.
O time com o 1 a 1 passou a tocar a bola, mandar no jogo.
Tinha a certeza que o Santos não faria outro gol.
A convicção vinha no sistema, na organização, na estratégia.
Justo o clube com mais coração em São Paulo, se impôs pelo cérebro.
Muricy não teve como escapar das duas linhas de quatro de Tite.
Faltaram dois laterais talentosos pela direita e pela esquerda.
O Santos fez o que o Corinthians queria: centralizou seus ataques.
E facilitou o trabalho da zaga.
Neymar e Paulo Henrique Ganso se entregaram, não tinham o que fazer.
Aceitaram passivos a marcação, a eliminação.
E os minutos passaram tranquilos, sem sustos.
O empate veio com a vaga para a final da Libertadores.
Lágrimas e gritos histéricos, abraços que acabavam no chão.
Todas essas manifestações aconteceram com os torcedores.
Porque o Corinthians de Tite continuou frio, calculista.
Não se deixou enganar pela chegada à final da Libertadores.
Sabe que haverá muito sofrimento pela frente.
O sonho não é apenas chegar para a decisão.
Já foi um passo histórico.
Mas o que importa é derrotar Boca ou Universidad de Chile.
E aí sim comemorar.
A sensação deixada nesta noite chuvosa no Pacaembu é uma só.
Que esse time pode.
Sem nenhum Neto, Carlitos Tevez, Ronaldo ou Adriano.
Pela primeira vez, o Corinthians tem uma equipe de futebol na Libertadores.
Por isso chegou à final.

E é o digno representante do Brasil nesta decisão de 2012...

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Timão eo!!

Hommer

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