quinta-feira, 28 de junho de 2012

O santo sangue-frio de Romarinho salvou o Corinthians. Garantiu o empate contra o Boca em plena Bombonera. Basta apenas uma vitória no Pacaembu para o time de Tite conquistar a Libertadores…

cosme rimoli,

Bastou um toque na bola e ele mudou o destino do Corinthians na Bombonera.
O garoto de 21 anos não quis nem saber da tradição do Boca, de 50 mil torcedores contrários, da pressão.

Nem que já eram 40 minutos do segundo tempo.
Com o sangue frio misturado com irresponsabilidade, ele deu um toque consciente.
Leve o suficiente apenas para encobrir Orion que saía desesperado.
Gol do Corinthians.
O time estava salvo da derrota para o Boca Juniors na Argentina.
1 a 1.
Romarinho trouxe toda a condição favorável para a decisão da Libertadores no Pacaembu.
Basta uma simples vitória jogando na sua casa, diante de sua fanática torcida.
E a quebra do tabu, a conquista inédita do torneio tão desejado quando o Campeonato Paulista de 1977.
O gosto do título já está na boca dos corintianos.
São Paulo foi iluminada de rojões logo após o jogo.
E os gritos de 'Vai Corinthians' dominaram os bairros.
Desde a periferia até o recanto mais sofistado.
Tudo graças ao toque de Romarinho.
"Brilhou minha estrela e pude dar essa felicidade a todos", disse sem constrangimento após o jogo.
Ele tem se mostrado um atleta diferenciado.
Marcou dois gols no domingo contra o Palmeiras, na primeira vez que foi confirmado como titular do Corinthians.
O primeiro, de letra.
E o segundo depois de uma ginga de corpo que quase quebra a espinha de Cicinho.
Depois da partida de domingo, Tite chegou no ouvido do garoto e revelou que iria levá-lo para a Argentina.
E que ele iria entrar no jogo.
Sorte que o treinador cumpriu sua palavra.
O Corinthians estava titubeando em Buenos Aires.
Fazendo tudo aquilo que havia prometido não fazer.
Este por um triz de ser derrotado pelo time de Riquelme.
Quando Romarinho mudou tudo.
O primeiro tempo do Corinthians foi muito bom.
A equipe teve confiança e conseguiu segurar o ímpeto dos argentinos.
Tite colocou sua equipe para marcar forte, ainda na intermediária do Boca.
Não havia espaço para o toque de bola, como queriam os rivais.
O Corinthians desprezou no primeiro tempo o fato de o Boca ter chegado a dez finais.
E conquistado seis Libertadores.
Quatro em cima de times brasileiros.
O time de Tite entrou firme, concentrado, focado em fechar os espaços.
Duas linhas de quatro.
Apenas Emerson mais à frente, tendo às vezes a companhia de Danilo ou Jorge Henrique.
O plano era bloquear as ações do Boca.
Julio Falcioni não esperava tamanha ousadia brasileira.
Riquelme tentava flutuar, mas acabou encaixotado entre as linhas apertadas de quatro.
O Boca ensaiava triangulações, tabelas na entrada da área.
Mas a marcação corintiana estava excelente, firme, com Chicão, Castán e Ralf mostrando muita firmeza.
Graças ao empenho do time que começava a marcar longe da área corintiana.
Quando a bola chegava, estava mascada, defeituosa, fácil de rebater.
No primeiro tempo, a missão foi cumprida.
Mas no segundo...
O Boca avançou todo seu time e pressionou cada saída de bola, cada tiro de meta corintiano.
A equipe atacava em bloco, trocando bola na entrada da área e buscando triangulações pelas laterais.
A pressão foi aumentando porque os jogadores corintianos recuaram.
Não tiveram sangue frio para manter o que treinaram.
E passaram por um sufoco desnecessário.
Por trás da mística do Boca, se esconde uma boa equipe.
Nada de maravilhosa, empolgante.
É um time competitivo com uma camisa e uma torcida que ganham a Libertadores sozinhas.
Riquelme continua acima da média, mas não é o mesmo de anos atrás.
Não tem o mesmo arranque e a mesma velocidade aos 34 anos.
Foi na base da personalidade que o Boca encurralou os corintianos.
E mereceu fazer o primeiro gol.
Ele veio de um lance imperdoável.
Um mero escanteio, cobrado aos 28 minutos.
Mouche levantou, a bola foi desviada e sobrou para Santiago Silva cabecear.
Chicão defendeu com a mão e a bola bateu na trave.
Sobrou para o zagueiro Roncaglia chutar para as redes.
Boca Juniors 1 a 0.
E ainda pior, continuava jogando melhor, criando chances.
Foi quando Tite apostou em Romarinho.
Tirou Danilo e colocou o garoto aos 39 minutos.
Aos 40, Paulinho invadiu a intermediária do Boca e serviu a Emerson.
O jogador com muito talento descobriu o menino livre.
E veio o toque para as redes: 1 a 1.
O Boca não esperava o empate.
O time ficou nervoso e partiu de vez para o ataque.
Sem consciência, só no coração.
Aí chegou a hora da sorte salvar o Corinthians.
Aos 43 minutos, Viatri acertou uma cabeçada no travessão.
No rebote, livre, Cvitanichi cabeceou para fora.
E o empate estava decretado.
A decisão ficou para o Pacaembu, na próxima semana.
O Corinthians invicto saiu da Argentina empolgado com o empate.
O Bicho Papão não era assim tão feio.
O time de Tite está cheio de confiança na conquista do título.
E certo que descobriu um novo garoto talentoso e de muito sangue frio.
Cujos pais acertaram seu nome na hora do batismo: Romário.


E o destino levou para o Parque São Jorge...

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Timão eo!!

Hommer

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