quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Corinthians se portou como campeão da Libertadores. O Santos, como um time desesperado, que nunca venceu a competição. Inverteram os papéis. O time de Tite anulou Neymar e mereceu vencer. Basta um empate para chegar à final…




cosme rimoli



Corinthians e Santos inverteram seus papéis na Vila Belmiro.
Parecia que os corintianos eram os atuais campeões da Libertadores.
E os santistas nunca venceram a competição.
A tranquilidade, a consciência, o saber fazer estavam do lado do time de Tite.
O nervosismo, a afobação, a pressão exagerada, negativa da torcida foram para a equipe de Muricy.
O comportamento insano da torcida santista, atirando até capacete de policial no gramado tem de ser punido.
Fora o estranho apagão aos 36 minutos do segundo tempo, um absurdo.
A vitória corintiana por 1 a 0 em plena Vila Belmiro reflete a superioridade cerebral.
De quem se preparou para o primeiro jogo da semifinal de forma calculista, fria.
O primeiro passo estava claro qual seria.
Anular a principal peça ofensiva santista.
Ficou provado que foi descoberto o antídoto contra Neymar.
Argentinos passaram para mexicanos que deram para Tite.
Ele apelou para as duas linhas de jogadores que reduziram as intermediárias.
E sufocaram o Neymar, facilitando o trabalho do desgastado Alessandro.
Muricy já esperava e para tentar livrar seu jogador da marcação o fez se deslocar por onde quisesse.
Só que não adiantav atuar na direita, no meio ou na esquerda.
Neymar sempre caía no emaranhado das duas linhas.
Foi de uma inutilidade atroz.
Que foi ficando cada vez mais nervoso diante da impotência.
Sua técnica apurada foi anulada diante da estratégia.
Ele teve apoio surpreendente de Paulo Henrique Ganso.
O jogador que há 19 dias havia feito uma artroscopia jogou todos os 90 minutos.
Fora de ritmo, lutou, tentou fazer o seu máximo.
Mas estava evidente que não tinha força para arrancadas, dribles.
Deu belos passes e ótimos lançamentos.
Ficou claro que ainda está em uma processo de recuperação da operação.
Os dois foram muito pouco diante do forte esquema defensivo tecido por Tite.
O que fez a equipe ter a melhor defesa disparada da Libertadores.
As linhas de quatro e cinco jogadores garantiam o meio de campo superpovoado.
E sem espaço para o talento de Neymar e Ganso aparecer.
Em compensação, no ataque, o time mantinha apenas Emerson à frente.
Ele sozinho tinha futebol e esperteza para se virar bem diante da lenta zaga santista.
E trazia perigo a Rafael.
Paulinho outra vez se mostrava onipresente.
Aparecia com talento na zaga, no meio e no ataque.
Foi ele, que em uma arrancada ao seu estilo descobriu Emerson livre no bico da grande área.
Pelo lado esquerdo, que deveria ser guarnecido pelo improvisado Henrique.
Livre, Sheik deu um toque na bola e ajeitou para bater com perfeição.
Com curva, ela foi entrar no ângulo.
Gol aos 27 minutos de jogo.
No primeiro tempo, o Corinthians fez o que quis com o Santos.
Se forçasse um pouco poderia até ter ampliado o placar.
No segundo tempo, Muricy tinha a obrigação de tentar escapar da derrota.
Colocou Borges e tirou do time o irreconhecível Elano, péssimo.
Com três atacantes, o treinador santista esperava sufocar o adversário na defesa.
Mas o trabalho de Ralf e Paulinho era outra vez impressionante e matava as jogadas no nascedouro.
Com Henrique improvisado e Juan sem talento para buscar a linha de fundo, o Santos facilitava o trabalho da zaga corintiana.
Levantava a bola de qualquer lugar, principalmente da intermediária e facilitava tudo para Castán e Chicão.
Cássio mostrava também muita segurança e tranquilizava o time.
Ao contrário do que acontecia com Júlio César.
O goleiro fez uma grande defesa em chute de Juan.
No mais mostrou outra vez grande senso de colocação.
Emerson marcou o gol mas foi juvenil.
Ganhou cartão vermelho em um carrinho desnecessário em Neymar.
Com um menos, o Corinthians abdicou de vez de atacar.
E formou duas linhas.
Uma de quatro zagueiros e outra com cinco atletas na intermediária corintiana.
Foi aí que Neymar deu sua contribuição, forçando dribles desnecessários e perdendo várias bolas fáceis.
Teve uma das piores atuações desde que começou a jogar.
Mesmo com um jogador a menos, o Corinthians manteve a serenidade, a confiança.
O time sabia o que tinha de fazer em campo: marcar, marcar e marcar.
Mas de forma racional.
Mesmo com um a menos, o time não perdeu o foco até o final da partia.
O Santos não tinha como reagir.
Errou demais ao não chutar de fora da área ao gol.
Parecia que estava proibido por Muricy.
No final, a vitória mais do que merecida ao Corinthians.
Time que exalava confiança e a certeza de que não tomaria mais gols.
Já o Santos, aflito, transparecia medo na fisionomia de cada atleta.
O time de Tite conseguiu uma enorme vantagem ganhando por 1 a 0 fora de casa.
Vai decidir a chance de chegar à uma inédita final de Libertadores no Pacaembu.
Pode até empatar o jogo.
Se usar novamente a consciência tática, ficará muito difícil ao Santos.
Neymar deverá ser novamente encaixotado.
Ele que aprenda a enxergar o jogo para buscar sair da marcação.
O ansioso Santos precisa reagir ou dará adeus à Libertadores.
Por enquanto, fica claro que o Corinthians com os nervos dominados é uma equipe poderosíssima.
E no caminho para buscar a sonhada conquista do torneio sul-americano.
Está a um empate da final.
A vitória em plena Vila Belmiro mostrou que a consciência tática vence o talento.
A lição foi dada mais uma vez a Neymar.
Ele precisa urgente colocar grau nos óculos que usa e aprender a enxergar a partida.
Ou então irá sofrer muito daqui para a frente.

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Hommer

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