segunda-feira, 11 de junho de 2012

A falta que a Base faz




Por disputar duas competições importantes, o Corinthians, vem utilizando um time misto em boa parte dos jogos.
Foi o que ocorreu, ontem, 10/6, no jogo de Porto Alegre contra o Grêmio. E os resultados deste time misto não estão sendo nada positivos.
Além de perder vários pontos no Campeonato Brasileiro, o Time B mostra que o técnico deve ter  pouca esperança  em buscar, nesta formação, algum craque que possa melhorar o Time A.  Ao contrário, o que vemos, na maioria dos casos, são jogadores de pouca qualidade e que não terão sucesso no time principal.
Vários dos atletas do time misto são jogadores contratados, com o critério de “compor o elenco”. Quer dizer, não se trata de craques (ou “ainda”, não o são), mas poderão substituir bem os titulares. Especialmente  os contratados “para compor” pouco ou quase nada estão rendendo.
Neste momento é que vemos o quanto faz falta uma boa categoria de base que revele jogadores.
Nem sempre os que vem da Base são craques (alguns poucos, sim), mas, convenhamos, para jogar o que estão jogando, alguns destes contratados, os atletas de Base fariam papel igual ou melhor. E sempre trariam a possibilidade de aparecer um ou outro atleta diferencidado.
O mais grave é que as revelações da Base não são para curto prazo.
Hoje, estamos pagando pelos últimos anos de abandono da categoria. O que for feito agora dará frutos daqui 2, 3, 4 ou 5 anos. É preciso começar pensar nisso o quanto antes
Desqualificação
É lógico que é imprudente para um Diretor de Clube declarar que seu time é “medíocre”.
Independentemente de significar mediano (mas também significa “pequeno”), uma declaração destas tem fator explosivo, como todos estamos vendo. Mas mesmo que esta questão “medíocre” seja problema, não acho que este seja o maior dos problemas de nosso marketing.
Primeiro é preciso dizer que a mídia vem, quase com unanimidade,  aplaudindo (diria melhor, louvando) o trabalho do marketing do Corinthians nos últimos anos.
Não passa dia em que não encontremos elogios para tudo. De coisas boas ou ruins, o quadro é sempre de aplauso.
Recordo que, nos últimos meses, tivemos um sem número de estudos, análises, relatórios etc todos altamente elogiativos ao trabalho do marketing corinthiano.
O principal destaque é sempre o aumento das receitas do Clube que, segundo a propaganda oficial, assumida pela mídia, seria fruto do brilhante trabalho do marketing alvinegro.  Os mesmos relatórios – que são a base dos elogios – mostram, de forma incontestável, que todos (sim, todos) os Clubes tiveram grande aumento de suas receitas nos últimos anos. Destaque-se que  entre os que  elevaram suas receitas, estão  alguns Clubes sem  departamento de marketing. E se todos aumentaram este índice, não terá sido obra de um ou outro Clube. Embora isto seja claro nos “estudos”, a mídia insiste em dizer que foi “tacada” do marketing alvinegro  que promoveu esta revolução.
Acrescente-se que o maior aumento de receitas vêm da TV onde, como sabemos, o marketing tem pouco ou quase nenhuma intervenção.
O que não quer dizer que não tenhamos boas (diria ótimas) ações do marketing corinthiano.
A venda de ingressos pela internet é um notável avanço e merece todo aplauso. Embora  não  concorde com o sistema de preços das entradas, esta forma de compra, pelo sistema “Fiel Torcedor” e pela Internet, merece todo aplauso.
Mas, como afirmei acima,  a declaração imprudente do vice do Clube, numa palestra de marketing, não está na palavra medíocre (que em si, está errada), mas no que vem falando o marketing, nos últimos anos, para endeusar suas obras.
É comum venderem a ideia (isto aparece na palestra  indigitada) que o Clube surgiu, quando eles começaram o marketing. Por esta razão chegaram a falar em “reconstrução do Corinthians” como se os 100 anos anteriores devessem ser esquecidos. É esta proposta de desqualificação o ponto mais negativo  na atuação do nosso marketing. Quem viu a palestra, onde aparece a palavra “medíocre” , notou  o esforço que o marketing faz para dizer que trabalha num ambiente de dificuldades. Enquanto em outros times a situação é fácil (pois teriam títulos internacionais, que nós não teríamos) no Timão eles precisam ser “gênios” para superar a diferença com Santos e São Paulo.
Isso é uma solene ignorância, além de ser uma manipulação da verdade. O maior patrimônio do Clube é a grande torcida que ele conseguiu amealhar nos últimos cem anos e isso veio pelas suas inúmeras lutas e conquistas.
Uma palavra colocada de forma imperfeita aqui ou acolá  é um fato perfeitamente corrigível. Agora, uma ideia permanente de que o Clube começou quando um punhado de gênios chegou, é um problema muito mais grave.
Talvez o fato de que o mais importante contrato do marketing do Clube – o acordo com a Nike – não tenha sido feitos pelos gênios “reconstrutores”  incomode-os um pouco. A bem da verdade, assim como o contrato com a TV, o de material esportivo quase nenhuma influência deve ao setor de marketing.
Enquanto aguardamos o contrato de publicidade na camisa – este sim – onde o marketing mostrará sua competência, precisamos manter um ambiete calmo, sem qualquer conflito, que  venha prejudicar o time neste momento tão importante.
Neste quadro o silêncio do pessoal do marketing ajudaria muito.
roque.citadini

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Hommer

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