sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Homem que mudou o jogo (Moneyball) | Crítica



Minha angustia ao saber que será lançado um novo longa sobre esportes vem dos temíveis filmes de cachorros desportistas, mas parece que, finalmente, repensaram o gênero. Moneyball é um filme que demonstra o sucesso dessa reforma. Apontado como um dos melhores do ano por crítica e indicado à 6 estatuetas (entre elas a de Melhor Filme), o projeto do diretor Bennet Miller (Capote, The Cruise) é um exemplo para como deve ser feito filmes sobre esporte.

O jogo de imagens contrastando as cenas do filme com as imagens reais dão um tom estranho ao filme, no sentido mais positivo da palavra. A quebra das cenas com cortes rápidos para as imagens “reais” faz parecer que tudo foi categoricamente feito pensando no filme, mesmo que ali tenha acontecido de verdade. Miller conseguiu usar esse efeito em boa parte do filme, sem torná-lo massante.
Todas as limitações que circulam a atuação baseada em um personagem real, ainda mais tão recente como Billy Beane, não foram problemas para Brad Pitt, quando vemos Beane ansioso na hora do jogo, tentando se distrair, o aperto que nos dá querendo empurrar o personagem para o jogo aponta que funcionou a ideia do diretor. Em vez de focar no jogo em si, preferiu demonstrar que o personagem principal ficava mais nervoso que aqueles que estavam dentro de campo. que volta a concorrer o Oscar. Brad encarna, com perfeição, o drama que entorna a vida do gerente esportivo, tanto na sua relação com sua filha, como com a ex-esposa e com o atual marido dela, mas os grandes momentos se dão nas conversas com seu companheiro Peter Brand e com os olheiros do time.
A atuação foi um campo cheio de boas aventuras no filme, além de Brad Pitt, Jonan Hill(Superbad) fez uma atuação excelente, sendo indicado para o Oscar como ator coadjuvante. Ele conseguiu tirar aquela imagem do “gordinho frustrado” que sempre segurou nos outros trabalhos de sua carreira, entrando no personagem com suas inseguranças vista no balançar nervoso das mãos quando falava com o chefe no começo do longa até o “relaxamento” quando começaram a se tornar mais intimo.as os grandes momentos se dão nas conversas com seu companheiro Peter Brand e com os olheiros do time.
Outros atores também se destacaram, como Philip Seymour Hoffman (Doubt, Capote) como o Treinador Art Howe, principalmente nas cenas de discussão com Billy Beane. A jovem Kerris Dossey também foi muito bem, representando a filha de Billy.
O filme é um forte candidato ao Oscar, pois se diferencia pela dramatização do esporte e pode ser um marco nesse gênero. Se falta ação, que pode ser questionado por alguns fãs de baseball, as cenas onde uma atuação elegante dá o tom e a classe demonstra que um filme sobre uma realidade tão atual pode ser bem produzido, ser parecido com o que realmente aconteceu e ao mesmo tempo ser agradável aos fãs da sétima arte.
Jean Marcel

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