Só que os irmãos Fertitta e Dana White não vivem de emoção.
Eles já chegaram à conclusão que se empolgaram demais com o primeiro evento em 2011.
E erraram ao trazer o UFC de novo em apenas cinco meses para o Rio.
Falharam ainda mais ao anunciar que o Brasil faria três ou quatro eventos em 2012.
Não fará mais.
A decisão foi tomada diante das fracas vendas em relação ao primeiro evento carioca.
A venda de todos ingressos do UFC 134 levou 72 minutos.
Já o de ontem, o UFC 142 não conseguiu lotar o HSBC Arena.
Vários lugar em todos os setores...
Como haverá o Ultimate Fighter em São Paulo.
E mais um UFC em junho, no Pacaembu ou Morumbi...
Dana e os Fertitta perceberam que houve um exagero já para o Brasil.
A única cidade que pleiteia de verdade por um UFC é Manaus em 2012...
E ela é inviável economicamente.
Países da Europa e da Ásia querem e pagam mais pelo UFC.
Além do ávidos mercados norte-americano e canadense...
O Brasil vai voltar para o fim da fila e muito provavelmente depois do UFC de São Paulo, só em 2013...
Mas os bastidores da noitada de ontem são muito importantes...
José Aldo comemorou sua marcante vitória com uma joelhada e socos sobre Chad Mendes correndo para a platéia.
Foi épico...
Mas quanto ergueu a bandeira do Flamengo a reação de grande parte do público mudou.
E vieram as vaias.
Percebendo o que ocorria, ele logo buscou refúgio na bandeira brasileira.
Aí, os aplausos generalizados voltaram.
Seu treinador Dedé Pederneiras ficou com a camisa do Flamengo de José Aldo dobrada no bolso.
"Eu sabia que ele iria fazer uma cagada se vencesse a luta
Não tinha ideia que seria correr para a galera.
Ele já tinha feito isso no Exterior.
Tomamos uma bronca de 40 minutos da Comissão de Lutas Norte-Americana.
Vamos tomar outra.
A camisa do Flamengo fica guardada para a próxima", dizia, o inteligente Dedé.
Aos poucos, os lutadores estão percebendo que vestir uma camisa de um time é comprar briga com o restante dos outros torcedores.
Anderson Silva teve ouvir um coro de palavrões quando colocou a camisa corintiana depois de vencer Yushin Okami.
Dana White não quer dar nova oportunidade para Anthony Johnson no UFC.
"Foi a maior vergonha que passei em uma pesagem.
Ainda estou muito puto. Não quero gente irresponsável no meu evento", desabafou o presidente do UFC.
A sua reação após o UFC mostra que foi balela a versão que Anthony passou mal quando estava a apenas 600 gramas do peso e médicos mandaram que se reidratasse.
Balela.
Ele não conseguiu mesmo escapar dos cinco quilos a mais.
Vitor ganhou mais pontos com Dana, já que poderia dizer 'não' à luta.
"Nunca faria isso com os Fertitta ou com Dana e principalmente com o povo brasileiro."
Com o olho direito fechado graças a um soco de Anthony, ele celebrava a vitória por finalização.
Depois de dez anos, voltava a vencer usando seu jiu-jitsu e não socos.
Vitor será a estrela do Ultimate Fighter Brasil ao lado de Wanderlei Silva.
Eles lutarão provavelmente no dia 16 de junho em São Paulo.
Farão a segunda luta mais importante da noite.
A primeira será de Andeson Silva.
A torcida do UFC é que o adversário seja Chael Sonnen que enfrentará Mark Munhoz.
O ponto mais baixo de ontem foi a atuação de Mario Yamasaki.
Ele errou feio e desclassificou Erick Silva depois depois de uma vitória fácil sobre Carlo Prater.
O brasileiro deu vários socos na lateral da cabeça de Carlo.
Isso é permitido.
Mas Yamasaki se precipitou e disse que os socos atingiram a nunca e o desclassificou.
Foi constrangedor.
O repórter do UFCA, Joe Logan, mostrou com o auxílio dos telões em HD que ele errou.
Yamasaki ficou desconsertado.
Erick é considerado uma das grandes esperanças do UFC.
"Ele tem o potencial parecido com o de Jon Jones.
Não vamos linchar o Mário, que é excelente árbitro, mas ele errou feio hoje.
Vamos pagar a premiação de vitória ao Eric.
E isso o que aconteceu fará que pensemos em usar o replay em lances polêmicos.
A dificuldade maior será convencer a comissão de lutas norte-americana.
Mas vamos fazer algo.
Foi muito injusto o que aconteceu com Erick."
"Eu pedi, implorei para ele não me desclassificar.
Pedi pelo amor de Deus.
Falei que estava cometendo um erro grave.
Mas ele insistiu, estou arrasado", desabafava Erick.
Tudo ficou mais constrangedor depois que Yamasaki deu uma entrevistas nos Estados Unidos no início do ano.
Ele disse que o 'Brasil é um país sem lei."
"Quem é ele para falar isso?
Quis ser mais importante do quer a regra do UFC.
Estragou o cartel do Erick", desabafava Wallid Ismail, seu empresário.
Yamasaki foi o árbitro de José Aldo e Chad Mendes.
Foi vaiado por todo a arena.
Pior do que ele só Galvão Bueno.
Mal ele chegou para narrar as três últimas lutas recebeu um coro terrível.
"Galvão, vai tomar no ...
Galvão, vai tormar no ..."
Ele é considerado um intruso no mundo do UFC.
Galvão se fez de surdo e se trancou na cabine da Globo.
José Aldo entrou para lutar às 10 para as três da madrugada.
Horário terrivel para os brasileiros.
Corria duas versões no Rio.
A primeira, o interesse do UFC no mercado americano.
Mas a segunda é mais terrível para quem gosta do esporte.
Executivos da Globo acham o MMA muito violento e o querem o mais tarde possível na programação.
Agem como se tivessem vergonha do evento que compraram.
Tanto que o Ultimate Fighter Brasil só será levado ao ar depois da meia-noite.
"Nós temos de mostrar o UFC para milhões de pessoas.
Por isso o horário precisa ser adequado.
Mas vamos reavaliar isso para os próximos eventos no Brasil", disse Dana, sem muita convicção.
O UFC foi mostrado para mais de 150 países...
O momento mais verdadeiro foi quando Edson Barbosa ganhou 130 mil dólares do UFC.
Pelo melhor nocaute e luta do evento.
Quando acertou um chute impressionante na cabeça do inglês Terry Etim, ótimo lutador.
"Não sei nem o que fazer com esse dinheiro.
Estou feliz demais", disse Barbosa, que também é outro lutador que enfrentou muitas dificuldades até chegar ao UFC.
"Foi o nocaute mais impressionante da minha vida.
A luta estava dificíl, equilibrada.
Resolvi arriscar, girei o meu corpo no ar e fui para o pontapé.
Entou em cheio", relembrava o brasileiro.
"O inglês nocauteado parecia a estátua do Saddam Roussein caindo", comparava um jornalista americano.
A grande surpresa deste UFC foi Jon Jones.
Ele foi de uma simpatia impressionante.
Na sexta-feira, já havia posado para fotos com camisas de clubes que chegavam nas suas mãos.
Sem preconceito.
E ontem ele foi ao evento com a camisa da seleção brasileira.
A grande novidade é que ele não parece interessado em uma luta com Anderson Silva.
Seu apetite é outro.
"Eu quero continuar vencendo como meio pesado por um tempo.
Depois, quero me arriscar entre os pesados", avisou.
Jones desfilou no Fashion Rio.
E se disse surpreso em relação às mulheres brasileiros.
"Como elas têm bunda grandes", dizia, admirado...
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