Ainda estamos longe da Era de Aquário, mas mulheres vêm conquistando notoriamente seu espaço numa sociedade paternalista repleta de estereótipos e preconceitos. Porém, mesmo com toda a informação disponível atualmente, elas ainda não conseguem resistir aos encantos que nós homens desenvolvemos durante anos de xaveco furado, manipulações amorosas e foras.
Ao contrário do que reina o senso comum, não são somente as mulheres as únicas vítimas deste tipo de comportamento. "A existência do cafajeste, do gigolô e do galinha sobrevive graças ao consentimento tácito, implícito ou explícito da mulher. Sem este complemento não haveria tais fenômenos", explica a doutora e mestre em Psicologia Ana Maria Zampieri. Mas afinal, qual a diferença entre eles?
O cafajeste é aquele que engana mulheres por um longo tempo em busca de sexo, através de mentiras e promessas não cumpridas, "é aquele que diz 'eu te amo' para fazer a mulher cair o mais rápido possível a seus pés", explica Zampieri. Já o galinha é o famoso "pegador", aquele cara que não pode ver um rabo de saia que já pensa imediatamente em transar com pouca seletividade. A doutora atribui este estereótipo ao "homem de sexualidade primitiva, onde não importa com quem, mas sim ter sexo". O gigolô, talvez o pior deles, é um profissional: reúne as qualidades do cafajeste e ainda explora suas mulheres, direta ou indiretamente com favores, dinheiro e influências.
Embora o cinema e as novelas reafirmem costumeiramente o espaço do cafajeste, do galinha e do gigolô na sociedade, a psicodramatista e psicóloga Blenda Marcelleti de Oliveira esclarece porque os homens consideram a conquista da mulher uma grande vitória. "No fundo e na superfície são meninos abandonados e negligenciados do amor parental", comenta ela. Segundo a psicodramatista, esta forma violenta de demonstrar afeto seria uma espécie de revanche por algum abandono ou maus tratos na infância. "Nenhum ser humano tranquilo subjuga, explora ou maltrata qualquer outro ser humano", conclui ela.
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