116 anos de Cinema

Em 28 de dezembro de 1895, o mundo viu algo que jamais imaginou: imagens que se moviam, como que por encanto, através de uma tecnologia criada pelos irmãos Auguste e Louis Lumière.

Deste dia em diante, o cinema se tornou uma das maiores ferramentas de entretenimento do planeta e a nossa cultura se moldou ao seu redor. Atores, atrizes e diretores tornaram-se pilares de nossa sociedade e nosso amor pela arte reflete-se de formas diferentes a cada dia.

Vejamos então, alguns dos marcos culturais nascidos em prol desta tão amada mídia.

A Calçada da Fama

Um dos pontos mais conhecidos de Hollywood é a calçada que leva os nomes de diversos artistas do cinema, além da televisão, rádio e teatro, e que se estende por cerca de 2.1 quilômetros, ao longo de três quarteirões da cidade.

Ela nasceu na mente de E.M Stuart, presidente voluntário da câmara do comércio de Hollywood, que a sugeriu como uma forma de manter eternamente vivos os nomes daqueles que da glamurosa indústria do entretenimento.

A calçada recebe em torno de 10 milhões de visitantes por ano e tornou-se palco de inúmeros artistas de rua, que usam o fluxo de turistas como uma boa fonte de renda.

As Divas de Hollywood

Inúmeros nomes formam a indústria, de grandes diretores a amados atores. Todos são admirados à sua própria maneira, mas existe um tipo diferente de amor entre os fãs de cinema: aquele que sentem pelas grandes atrizes, que conquistam o patamar de divas no meio.

Seja por sua beleza sobrenatural, força ou talento incomensurável, é difícil imaginar Hollywood sem nomes como Elizabeth Taylor, Ava Gardner, Marilyn Monroe, Marlene Dietrich e Julie Andrews.

Enquanto os homens por muitos anos foram símbolos de masculinidade e poder, as mulheres eram exemplos vivos de classe, elegância e beleza, de uma forma que raramente encontramos hoje. Ainda que existam grandes atrizes no presente, elas têm muito a viver se um dia quiserem fazer frente a todo o glamour incomparável das estrelas que brilharam e ainda brilham nas telas.

Estúdios

Existem inúmeros grandes estúdios no mundo e seria um tanto impossível tentar descrever a todos de forma justa e detalhada. Desta forma, falaremos apenas de um e de sua enorme contribuição para a indústria.

O estúdio italiano Cinecittà está sempre nas mentes dos apaixonados pela arte. Dentre algumas das produções nele realizadas, então clássicos como “Cleópatra”, “Romeu e Julieta”, “Agonia e Êxtase”, “A Doce Vida”, “Ben Hur” e a obra de Fellini, “Satyricon”.

Após uma quase falência, sua privatização e um incêndio que causou grandes danos, mas milagrosamente não destruiu sets históricos, o estúdio permanece firme e forte. Ele foi palco de obras recentes, como o aclamado “Gangues de Nova York”.

Talvez a locação não defina o sucesso de um longa, mas um bom estúdio é um excelente começo para uma trilha de sucesso.

Diretores

Mesmo o melhor elenco do mundo e um pelotão de pessoas especializadas na arte cinematográfica não são suficientes para garantir um filme de sucesso, sem a mão de um grande diretor.

Em um set de filmagem, o diretor é o general, o imperador e o comandante supremo. E é ele quem decide qual o rumo que a história deve tomar. Suas decisões podem acarretar no sucesso ou fracasso da obra e, por isso, em seus ombros recai a maior responsabilidade.

Existem tantos grandes nomes que é difícil saber por onde começar, mas de cabeça, podemos citar Charles Chaplin, Clint Eastwood, Godard e Woody Allen. Gênios, cada um à sua maneira, que reinventaram os filmes de modo a transmitirem suas ideias e crenças e que tornaram-se parte da história por isso.

Claro, houve a geração de cineastas que sem dúvida admirava os trabalhos destes mestres, mas decidiu seguir sua própria linha. Steven Spielberg e George Lucas, por exemplo, e com eles nasceram os…

Blockbusters

Filmes grandiosos, com produções milionárias. Muitas vezes sobre grandes aventuras, onde os efeitos especiais são tão importantes quanto os atores e o texto.

Em 1977, nasceu “Star Wars”, possivelmente o primeiro blockbuster criado. Uma saga espacial, com vilões grandiosos, heróis nobres, espadas de luz, naves que atravessam o infinito e uma base espacial do tamanho de um planeta. Mesmo o mais ávido fã de ficção científica jamais vira algo assim até então.

E a moda pegou, com filmes como “Os Caçadores da Arca Perdida”, as continuações de “Star Wars” e, claro, o inesquecível “E.T – O Extraterrestre”.

Com o passar dos anos, os executivos de Hollywood viram o potencial de tais produções e elas se tornaram algumas das mais badaladas e aguardadas histórias do ano. Claro, muitos podem ver um lado ruim nisso, graças ao comercialismo excessivo. Mas mesmo em meio a um oceano de efeitos criados para esconderem ideias não tão brilhantes, existem pérolas como “O Senhor dos Anéis” e a saga de “Harry Potter”.

E o cinema não é uma ciência exata e sim uma arte, que pode ser percebida de forma diferente por cada um de nós. Esta é justamente a sua beleza e aquilo que o manteve vivo e relevante por todos estes anos.

Assim sendo, parabéns à Sétima Arte e bons filmes para todos.