Retrospectiva 2011 – O que bombou e o que não bombou no ano

O fim do ano está aí e não poderíamos deixar de relatar os principais acontecimentos do ano no mundo da tecnologia. Minha amiga e colaborado Julia, (A.K.A. K-Ju) preparou uma listinha bem legal sobre tudo que bombou e não bombou no ano de 2011. K-Ju, todo o mérito desta postagem é seu! Parabéns!

Bombou

PSVita

Lançado dia 17 de dezembro no Japão, o console portátil vendeu em dois dias 321.407 unidades das 700 mil disponíveis no lançamento. A venda inicial não surpreendeu muito, mas foi considerada boa pela Sony. Mais do que as vendas, a inovação do aparelho em relação ao anterior e aos concorrentes é o que o faz estar presente nesta lista.

Com dois sticks analógicos (sticks mesmo, não aquelas coisinhas estranhas que o antigo Psp ostentava), touch screen, touch pad na parte de trás, jogos adquiridos de maneira exclusivamente virtual, títulos como Uncharted 3 e Ultimate Marvel vs Capcom 3, qualidade na imagem, motion controller e outras funcionalidades multimídias, o PS Vita com certeza vai implacar em 2012 quando for lançado aqui no ocidente.

Facebook

No exterior o Facebook já era a rede social dominante, e aqui no Brasil esse ano foi que ela se consolidou forçando a migração de muitos adoradores do Orkut. O Facebook fidelizou, muito rapidamente, milhões de usuários no Brasil e América Latina que não vão abandoná-lo tão cedo.

No entanto, o Sr. Mark Zuckerberg gosta de fazer constantes mudanças no visual e nas funcionalidades da rede social, resultando em ódio obsoluto de algumas pessoas. O que não podemos negar é que no fim todos vão se acostumar com as mudanças (elas sempre existirão!) e até gostar, como é o caso da nova time line, que possibilita a customização do peril.

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Android

Que o Android veio pra ficar a gente não duvida. As versões para smartphones já não são mais únicas agora com as versões para tablets. O mercado de smartphones crescente no Brasil e a redução dos impostos sobre os tablets definitivamente colabora com a ascenção do Android. No Brasil, em 2011, uma em cada 10 pessoas possuem um smartphone e a variedade de marcas, modelos, e preços dos aparelhos com Android facilitam e muito a infiltração do sistema no país. É possível encontrar hoje aparelhos com Android apartir de R$350 reais sem se esforçar muito.

Steve Jobs

A morte do CEO da Apple, apesar de ter sido uma perda enorme, bombou bastante em 2011. As ações cairam, subiram de volta, disseram que a Apple ia acabar sem o “gênio por trás dos produtos”, disseram que ele já tinha programado os novos produtos pros próximos 10 anos, disseram mais um zilhão de coisas. A verdade é que, quem lucrou com a morte dele foram editoras que publicaram a biografia de Jobs. Emplacou nos mais vendidos da Amazon, Submarino, Saraiva, Veja e em qualquer outro lugar que vendeu o livro ou fez uma lista dos mais lidos.

Tablets

Quando lançaram o Ipad em 2010 as pessoas se perguntavam, “o que eu vou fazer com isso?” Não é um notebook e não é um celular. Não é pequeno o suficiente para levar pra qualquer lugar, nem grande o suficiente para ser confortável. Este ano, a explosão dos tablets no mercado (Samsung, Motorola, HP, Blackberry, diversos xinglings e até Amazon) provam que este mercado realmente existe, mesmo que ninguém saiba muito bem pra que. A verdade é que, em minha opinião, ter um tablet é status. Um status muito divertido de usar e que vale a pena o investimento.

Asimo

Bombou, apareceu até no Jornal Nacional, mas quase ninguém viu. Não muda muito nossas vidas (por enquanto), mas são as inovações apresentadas no robozinho da Honda que ditam as inovações da robótica. Reconhecendo até três vozes que conversam simultaneamente em um grupo, desvia de pessoas caminhando prevendo o percurso que elas farão, corre a 9km/h, caminha em superficies irregulares, pula, salta em um pé só, e, não menos importante, abre uma garrafa e serve água.

A cena que todos viram, e que imprensa japonesa fotografou até não poder mais. Pode parecer simples, mas conseguir todos esses atributos no mesmo robô é algo bastante complexo. Pense que, para pular num pé só, o Asimo precisa ter equilíbrio, para abrir uma garrafa ele precisa ter movimentos rotacionais no pulso, e saber quanto de força deve ser aplicada. Para servir em um copo plástico, a força aplicada no copo deve ser muito menor que na garrafa, e a quantidade a ser servida não pode ultrapassar o limite do volume copo. São todas essas features no mesmo robô que fazem do Asimo um sucesso de 2011.

Não Bombou

Google+

Vamos admitir que quando o Google lançou os primeiros convites para o Google+, todo mundo queria um desesperadamente. Depois que todos tinham acesso, perdeu a graça. Todo mundo tem seu perfil, tem seus círculos cheio de amigos, mas ninguém usa. Foi uma boa idéia sim, mas acho que o Google se precipitou. Lançou o Google+ quando o Facebook mais crescia. Talvez se tivesse esperado a febre Facebook passar um pouco, teria tido mais sucesso, ou não, nunca saberemos.

Nintendo 3DS

Vendeu mais que o PSVita nos dois primeiros dias? Sim. Tem jogos bons? Sim. Preço competitivo? No início, não, mas agora, sim. Então porque diabos não bombou? Bom, eu (opinião minha, pessoal e própria) me frustrei um pouco ao ver o 3D do 3DS porque eu esperava algo pulando pra fora da tela como no cinema 3D, e o que eu vi foi o inverso, as coisas pulavam para dentro da tela, não para fora. Claro que funciona muito bem, a noção de profundidade é muito boa, mas com toda propaganda dizendo que coisas saiam pra fora da tela eu me frustrei quando vi que na verdade elas ficam para dentro.

Mas deixando minha opinião de lado, o 3DS só não bombou mais porque a Nintendo não usou da experiência da concorrencia a favor dela. Porque a Sony trocou aquele botão analogico flat desconfortavel por um stick de verdade? Porque os usuários reclamaram que não era bom. E o que a Nintendo faz? Vai La e põe o mesmo botão que todo mundo já desaprovou. E pior, põe apenas um e depois lança um troço (vou chamar de troço mesmo porque é isso que ele é) para adicionar outro stick que leva ainda mais umas pilhas AA para não ajudar o console que já tem bateria fraca. Lançando esse troço a Nintendo praticamente escreveu: “Não me compre!!” no 3DS. Pois se você comprar, e não quiser usar aquele acessório enorme, feio e desconfortável, provavelmente você não poderá jogar alguns jogos que utilizam o stick da direita. Fica óbvio que a próxima versão do 3DS terá o stick imbutido, e os fãs que são minimamente pacientes vão esperar esse novo modelo. Estou esperando.

Hackers

Os ataques de hackers em 2011 deram o que falar. Para a comunidade geek que mais atingiu foi o ataque à PSN Store, que deixou o pessoal sem poder jogar online por várias semanas, vários dados roubados, muita gente brava dizendo que iria jogar fora o PS3, entre outras reações adversas. É claro que a credibilidade da segurança dos dados que fornecemos para a Sony ficou abalada, mas nada que uma porção de jogos gratuitos depois do ocorrido não acalmasse o ânimo da galera.

Outros hackers que marcaram foram os que atacaram os sites do governo. Diversas páginas como a da presidência, dos esportes, IBGE e até da Petrobras foram atacadas e tiradas fora do ar. Nenhum grande estrago foi revelado, apenas dados pessoais da presidenta como RG e CPF, e do prefeito de São Paulo que vazaram. Os ataques provaram como os sites do governo são frágeis, e que medidas de segurança digital devem ser levadas mais a sério, principalmente pelo governo.

iPhone 4S

O iPhone 4S, apesar de ter um hardware muito melhor que seu anterior, o iPhone 4, virou motivo de piada na internet devido ao preço absurdo. O modelo pré-pago, 64GB, por R$3.399,00. Por esse preço você vai pros EUA, fica uns dois dias, compra um iPhone 4S por lá, e ainda sobra troco. Outro aspecto que decepcionou um pouco foram que os rumores sobre o suposto iPhone 5 estavam quase que totalmente errados. Isso criou uma expectativa muito alta nas pessoas, que acabaram se frustrando ao ver o iPhone 4S, quase com a mesma cara do 4.

Windows Phone 7

Apesar de todo o investimento da microsoft, o Windows Phone 7 não vendeu. A gigante viu sua participação no mercado de smartphones cair de minúsculos 2,2% para menores ainda 1,5%. Aguardaremos o Windows 8 para saber se a Microsoft está fadada a ficar apenas no mercado de PCs (como se isso fosse pouca coisa) ou vai implacar na área mobile tbm.