1991 , o ano que não terminou..
Toda geração tem um ano especial. Aquele período de 12 meses em que uma quantidade fora do comum de coisas extraordinárias acontecem e definem todos que vivem aquela época, ou pelo menos todos de determinada idade.
Para os mais velhos, foi 1958, com o crescimento econômico do Brasil, a conquista da primeira Copa da nossa seleção e o nascimento da Bossa Nova. Dez anos depois, outra geração viveu intensamente o ano de 68, com protestos, revoluções, e o movimento hippie, tanto na França como nos EUA e até no Brasil. O som da época? Rock’n'roll. E também surgia o Tropicalismo por aqui.
Repararam como sempre tinha música envolvida, né?
Pra nossa geração (e nesse caso me refiro aos que cresceram do fim dos anos 70 até durante os anos 80, e da qual eu talvez só me inclua no finzinho), esse ano foi 1991. Historicamente o grande fato foi o fim da Guerra Fria, com a dissolução da União Soviética. E musicalmente foi um ano, no mínimo, atípico.

Nas últimas décadas, nunca mais houve um ano com tantos discos clássicos e fodas sendo lançados como em 1991. E pra celebrar os 20 anos desse momento histórico pro rock, nada mais justo que relembrar que discos que fizeram de 91 um ano tão especial.
Confira a lista de clássicos desse ano depois do jump.
Nevermind – Nirvana

Considerado pela maioria das listas como o álbum mais importante dos anos 90, catapultou o Nirvana para a fama, e mais que isso, para o status de lendas, além de ter ditado uma tendência para toda a década, com a ascenção do grunge e do rock mais cru em contrapartida ao hard rock e hair metal que dominou os anos 80.
Pra ouvir: Smells Like Teen Spirit, é claro.
Ten – Pearl Jam

O primeiro álbum da outra banda que ajudou a consolidar o cenário grunge de Seattle para o mundo, e que até hoje é um dos grupos de rock mais relevantes do mundo. Também é o álbum com mais clássicos da banda.
Pra ouvir: Jeremy
Blood Sugar Sex Magik – Red Hot Chilli Peppers

O Red Hot já tinha lançado 4 álbuns antes do BSSM, mas representou um marco para a banda, que cresceu em popularidade e evoluiu na sonoridade, explorando ainda melhor suas influências do surf rock e da funk music. Os dois maiores hinos da banda são desse disco (Give It Away e Under The Bridge), por sinal.
Pra ouvir: Give It Away
Achtung Baby – U2

O único disco do U2 capaz de rivalizar em popularidade e críticas com o clássico Joshua’s Tree, Achtung Baby também marcou a incorporação de novos sons pela banda irlandesa na década que começava. O rock de protesto dos anos 80 agora recebia mais influências eletrônicas e de rock industrial, que pelos anos seguintes estariam ainda mais presentes na carreira deles.
Pra ouvir: One
Out of Time – REM

A carreira do REM já existia há um bom tempo quando eles lançaram o Out of Time. Mas catapultada pelo hino Losing My Religion e pela irresistivelmente feliz Shiny Happy People, a fama deles chegou a níveis estratosféricos e eles deixaram de ser os alternativos simpáticos para serem uma das melhores bandas do mainstream do rock. O álbum seguinte, Automatic for the People de 1992, pode ser ainda melhor, mas é o Out of Time que inicia o movimento que torna o REM uma das maiores bandas do mundo.
Pra ouvir: Losing My Religion
Screamadelica – Primal Scream

O 3º álbum do Primal Scream marcou a guinada do grupo para o estilo diferente do seu começo da carreira, mas o que poderia ser um tiro no pé acabou se tornando um dos principais discos dos anos 90.
Pra ouvir: Loaded
Black Album – Metallica

Pros fãs do começo de carreira do Metallica, quando eles eram os maiores representantes do trash metal no mundo, o Black Album é o começo do fim. Mas para os menos xiitas, foi a grande entrada do Metallica no mainstream, com provavelmente o maior número de hits que um álbum de metal já reuniu. Enter Sandman, Sad But True, The Unforgiven, Nothing Else Matters. Um clássico.
Pra ouvir: Enter Sandman
Use Your Illusion I e II – Guns N’ Roses

Um álbum duplo ou dois álbuns paralelos? Tanto faz, o que importa é que em 91 o Guns N’ Roses era a maior banda do mundo – pelo menos em popularidade – e esses dois álbuns reuniram muitos dos hits que transformaram os já icônicos Axl Rose e Slash em lendas: Don’t Cry, November Rain, You Could Be Mine e os covers de Live And Let Die e Knockin’ On Heaven’s Door, só pra citar os principais.
Pra ouvir: November Rain
Gish – Smashing Pumpkins

Primeiro álbum dos Smashing Pumpkins, uma das principais bandas alternativas dos anos 90. Só por isso merece a menção. No entanto, não se compara ao Siamese Dreams ou ao clássico Mellon Collie and the Infinite Sadness. Mas ainda assim, todo mundo começa de algum lugar.
Pra ouvir: I Am One
Blue Lines – Massive Attack

Considerado o primeiro álbum de trip hop de todos os tempos, gênero que depois cresceria nos anos 90, com o próprio Massive Attack e com nomes como Morcheeba e Portishead.
Pra ouvir: Unfinished Sympathy
V – Legião Urbana

Acharam que não ia ter nenhum nacional na lista? Gostos à parte, seria injusto ignorar um álbum da Legião justo na época em que era a banda mais popular e relevante do Brasil, mesmo não sendo o disco mais marcante deles. Ainda assim, alguns clássicos como Teatro dos Vampiros, Vento no Litoral e Metal Contra as Nuvens apareceram nesse álbum.
Para ouvir: Metal contra as nuvens
Arise – Sepultura

Mais um álbum brasileiro, e dessa vez estamos falando do álbum mais icônico da banda brasileira mais popular mundialmente.
Pra ouvir: Arise
O ano ainda teve outros álbuns dignos de nota, como o Loveless (segundo e último disco do My Bloody Valentine), De La Soul is Dead (do De La Soul, considerado um dos melhores discos de rap da história),Spiderland (segundo álbum do Slint, visto como um marco da música underground), Bandwagonesque (doTeenage Fanclub), Trompe le Monde (dos Pixies), além do Leisure (primeiro álbum do Blur).
Que ano.










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