domingo, 13 de novembro de 2011

Cigano massacrou Cain Velasquez. É campeão dos pesos pesados do UFC. Foi espetacular. A vitória, porém, acabou com os irmãos Fertitta que invadiram as TVs abertas do mundo…

gettyimages Cigano massacrou Cain Velasquez. É campeão dos pesos pesados do UFC. Foi espetacular. A vitória, porém, acabou com os irmãos Fertitta que invadiram as TVs abertas do mundo...


Um minuto e quatro segundos.
64 segundos.
Foi o tempo necessário para Júnior Cigano ganhar a luta mais importante da história do UFC.
O nocaute empolgante sobre Cain Velasquez foi espetacular em todos os sentidos.
Principalmente o comercial.
Pela primeira vez as TVs abertas do mundo mostraram o UFC.
Acabou a clandestinidade.
A ignorância vai diminuir.
Vale tudo e MMA são duas coisas completamente diferentes.
Há regras que protegem a integridade do lutador.
Até mais do que o boxe.
Lutadores preparados para a mistura das artes marciais.
Era necessária a chegada da TV aberta.
As lutas serem mostradas para as classes mais desfavorecidas.
Aos que não têm acesso ao canal a cabo, ao pay-per-view.
O objetivo de Dana White era usar a Fox para mostrar aos Estados Unidos o poder do UFC.
Lá ainda há resistência ao MMA.
Estados que proibiam as lutas devido à violência dos combates.
Regras foram criadas para inibir os excessos.
E o MMA praticamente sepultou o boxe.
Com exceção das lutas do filipino Manny Pacquiao, o esporte parou no tempo.
Foi sepultado pelas mafiosas armações.
E se tornou monótono, obsoleto diante do combate total do MMA.
A cúpula do UFC, os irmãos Lorenzo e Frank Fertitta negociavam há anos com a Fox.
Até que houve o acordo.
A liberação de uma disputa de cinturão.
O mais nobre.
O dos pesos pesados.
O evento aconteceu ontem em Los Angeles.
E foi montado para uma uma eventual vitória do norte-americano de origem mexicana Cain Velasquez.
Ele desmontou o paquidérmico Brock Lesnar.
Lhe tomou o cinturão com uma saraivada de golpes.
Usou o que tem de melhor: a velha escola mexicana de boxe.
Só que a luta aconteceu no dia 23 de outubro de 2010.
Há mais de um ano.
Cain teve de ser operado e ficou esse tempo todo sem lutar.
Isso é fatal para a confiança do atleta no octógono.
A perda de ritmo.
Muitos campeões caíram depois de ficar tanto tempo sem lutar.
Voltaram bem abaixo do que quando se afastaram.
Mas isso é apenas um detalhe técnico.
Junior Cigano percorreu o seu caminho.
Estava completamente preparado.
Arrebentou com Shane Carwin em junho e ganhou o direito de desafiar Velasquez.
Com o boxe afiado, pronto para ir para o chão, trocar chutes, dar estrela se fosse preciso.
Ele treinou demais os cruzados e diretos com Luiz Dórea, ex-técnico de Popó.
De seu protetor Minotauro ouviu todos os conselhos de como é a trocação com Cain.
Eu tive o prazer de conversar por uma hora com Júnior Cigano na véspera do UFC Rio.
Ele me contou que pretendia ganhar de Velasquez no boxe.
Na trocação.
'Ele não tem noção de o quanto estou treinado.
Vou para dentro dele.'
O especialista de UFC do R7, Diego Ribas, que promoveu essa conversa também ficou espantado.
E ambos tememos pelo pior.
Trocar socos com o Cain é suicídio, concordamos.
Não tínhamos noção da magnitude da luta e do preparo físico e psicológico de Cigano.
Ele pouco se importou com as vaias que recebeu em Los Angeles.
Tinha o olhar fixo em Velasquez e o plano que havia antecipado no Rio.
Ganhar trocando socos, da mesma maneira que Velazques havia humilhado Minotauro.
E assim foi o combate.
Cain tentando dar chutes baixos, fintar e tentar levar o brasileiro para o chão.
Só que Cigano foi do início ao rápido fim da luta com jabs, cruzados e diretos.
Foi assim que um cruzado de direita passou por cima da mão esquerda de Velasquez.
E atingiu sua logo acima de sua orelha esquerda.
O soco do brasileiro lhe dobrou os joelhos.
Não havia mais eixo de equilíbrio.
Cigano parou por alguns centésimos de segundo sem acreditar no que via.
Depois percebeu que era o seu sonho se tornando realidade.
E partiu para uma sequência de nove socos no tonto americano.
O árbitro Big John não teve o que fazer a não ser acabar com o massacre.
Em um minuto e quatro segundos, o cinturão dos pesos pesados era de Cigano.
O Brasil chorou com ele.
As lágrimas salgadas da satisfação.
Do gozo da conquista mais difícil, mais sonhada.
Uma vitória inesquecível e surpreendente.
Toda a arena de Los Angeles aplaudiu o brasileiro, reconhecendo sua superioridade.
E a justiça de envergar o cinturão.
Para a organização do UFC foi fantástico.
A luta mais importante da organização foi sensacional.
Serviu como cartão de visitas para poderosos patrocinadores da TV aberta.
O MMA ficará ainda mais massificado.
Como serão alguns eventos esporádicos e não todos que serão transmitidos...
Muito gente mais humilde colocará seu dinheirinho no canal a cabo.
Golpe de mestre dos irmãos Fertitta.
A noite foi de Cigano, o terceiro brasileiro campeão do UFC, em sete categorias.
O catarinense radicado na Bahia ganhou da maneira mais empolgante possível.
Há seis anos era um simples garçon que sonhava em lutar.
Bastaram cinco anos de treinamento duro e veio o cinturão.
As TVs abertas do mundo todo vão detalhar a história para milhões de pessoas.
Já virou uma novo estrela do MMA.
Sua bolsa para colocar o cinturão em jogo diante de Lesnar ou Overeem chegará fácil a um milhão de dólares.
Mas o lucro da histórica noite foi todo do UFC.
A TV aberta está de joelhos para o esporte mais empolgante dos últimos dez anos.
Exatamente como planejavam os visionários capitalistas...
Os irmãos Fertitta...
( Para deixar tudo ainda mais impressionante...
Cigano revelou que lutou com um grave problema no menisco esquerdo.
Ele irá operar na volta ao Brasil.
Quase teve de desistir da luta.
Só que garantiu que "morreria" mas enfrentaria Velasquez.
A conquista do cinturão ficou ainda mais marcante, heróica...)

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